sábado, 17 de abril de 2010

O elo que não forma correntes


Eu tenho uma letra, a Sonego, que diz assim: "você me disse um dia que ser negro é um fardo, e esclarece, que não é negro, é pardo". Hoje postei - O elo - pra reforçar a máxima que ouvi assistindo a peça "Açaí e dedos" de Carla Faour: "Pardo é papel".

O elo
allan dias castro

Quando a gente fecha os olhos pra não ver
A negra escuridão se revela
Quando os claros dias nos levam a esquecer
A negra noite lembra Mandela

Quando a gente fecha os olhos pra não ver
A negra escuridão vai surgir
Quando os claros dias nos levam a esquecer
A negra noite lembra Zumbi


Todos somos África
A liberdade uniu continentes
Todos somos África
Esse elo não forma correntes

8 comentários:

R. Jung disse...

o fato de voce não usar a arte pela arte já lhe dá ponto positivo. mas a maneira como o faz é o seu grande diferencial. sempre inteligente, parabéns.

Anônimo disse...

Muito bom!

culti cool disse...

Esse elo não forma correntes... faz pensar. Jogo de palavras fora do normal do que se vê hoje em dia. ok,foi mal comparar teu trabalho com o que se vê hoje em dia. haha

beijo

Anônimo disse...

brasil é áfrica, africa é brasil.

Cão em Quadrinhos disse...

Adoro a forma como tu brinca com as palavras. Parece tão fácil. Lindo.

J.u.l.i.a. disse...

Adorei!

Anônimo disse...

Cunha! Teu trabalho é maravilhoso!!! Só sucesso!
Mari

HENRIQUE disse...

Depois de ouvir diariamente as músicas do novo CD, hoje resolvi comentar..."Esse elo não forma correntes" é uma sacada de mestre e o parceiro Thiago na voz e música é genial... O cara é phoda...Continue filho, formando esse "elo de amor e poesia"...
Henrique (pai do mago)